Time Travelled — 7 months

Um olhar do passado

May 25, 2016 Dec 25, 2016

Peaceful right?

Querido Rani (ainda gosta que te chamem assim?), eu sei o quanto gostas de planejar teu futuro, queres tanto o futuro que acaba esquecendo do presente, e isso acaba sendo um problema, porque a vida é feita especialmente do presente, porque se tu parar pra pensar, o futuro nunca vai chegar, estamos vivendo sempre o presente. To escrevendo essa mensagem do dia 25 de maio, e espero que tu consiga ler ela até o final do ano, porque no momento que tu tava escrevendo essa cartinha, tu tava com mil pensamentos na cabeça, preocupações ofuscadas pelos amores e paixonites que só a adolescência pode proporcionar; porém, regularmente tu andava esquecendo dos compromissos escolares, e acabava tirando más notas, mesmo sendo orgulhoso o suficiente pra saber que tu tem uma inteligência grande, e que teu QI 138 deveria ser capaz de te alertar que tu não estava certo quando deixava tudo pra última hora; mas tudo era tão difícil de fazer, segundo tu mesmo, era difícil ir pra escola pra estudar quando o único motivo para se ir a escola era pra tu ver a merda daquela vadia que eu tenho certeza que até hoje tu nunca chegou nela devido a maldita timidez que desde que tu nasceu, guarda-a dentro de ti, e mesmo sabendo que isso te prejudica na maioria dos teus momentos sociais, não fazes nada pra conter ou reter essa desgraça. Mas deixemos o passado um pouco de lado, tenho que ser sincero sobre tuas expectativas pro final do ano. No momento em que tu tava escrevendo essa carta, tu esperava um final de ano desastroso, a começar pela reprovação no ano escolar, em matemática, pra ser mais exato, tu não conseguia fazer nem mesmo uma fórmula de Bháskara sem errar no jogo dos sinais; e pra piorar ainda mais, tu tinha certeza que no final do ano, o coração iria doer ao ver a tua paixão desde de 2014, nos braços de outra pessoa NOVAMENTE, e isto seria o estopim para tu criares uma nova personalidade e seguir a vida adiante, infelizmente mágoas nos atingem o tempo todo, e o que resta a nós, é nos esquivar dessas lágrimas e focar nas coisas que nos inspiram. Quando tu estava escrevendo essa carta, tu tava ouvindo tua playlist favorita do Spotify, 505, Carry You Home, do James Blunt, seguida de Do I Wanna Know. Tu tinha tantas musicas que tu sentia uma emoção só de ouvir, em geral, tu era bem sentimental, o que tu odiava, porque em certos momentos tu era sentimental quando na verdade poderia/deveria ser um psicopata metido a serial killer, porém, teu sentimentalismo nunca te atrapalhou em nada. Lembra-te que a vida passa rápido demais para não aproveitarmos o presente, desde 2013 tu tem sido inseguro sobre ti mesmo, tua autoestima talvez não esteja tão alta quanto parece, por mais lamentável que seja, e creio que embora seja uma pessoa tão feliz quando estás com amigos e colegas, vários pensamentos já rolaram, e já esteves a ponto de cometer algumas loucuras para ti e para os outros, porém, tu sempre te surpreendia com teu auto controle. Acho que é isso, já são 05:19, e tu tá quase chorando, por causa do teu sentimentalismo de merda. Aproveita a vida, e se tu reprovou, chora, porque tu vai perder teus amiguinhos que tu tanto amava, e se passou, por favor, começa a estudar, porque o ensino médio é um inferno. Boa noite.

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