A letter from Apr 08, 2025

Oi, Karen. Se você está lendo isso agora, é porque chegou muito mais longe do que achou que conseguiria. E olha, eu tô tão orgulhosa de você. Talvez, enquanto lê, ainda existam cicatrizes daquele tempo difícil — quando pessoas que você considerava brincaram com sua dor, quando você se escondeu por medo de ser zombada, quando sentiu que sua presença era algo para ser evitada, não celebrada. Você passou por momentos em que teve que engolir o choro, disfarçar a raiva, e fingir que não doía quando te chamavam de exagerada, de idiota, quando jogavam bola de papel em você ou riam pelas costas. Mas mesmo com tudo isso, você não deixou de ser você. Você continuou sentindo, amando, tentando — mesmo que em silêncio. Você se afastou porque se proteger era mais urgente que agradar. E isso não foi fraqueza, foi força. Se hoje você sorri com mais liberdade, se coloca sua foto de perfil sem medo, se olha no espelho e vê beleza e verdade — é porque você aprendeu a se amar mesmo quando tentaram te diminuir. É porque você entendeu que pessoas ruins não têm o poder de definir quem você é. Karen, você é mais do que aquela menina que chorou sozinha. Você é a mulher que renasceu, com feridas sim, mas também com coragem. E se em algum momento você duvidar de si mesma de novo, lembra que até nas fases mais escuras, você foi sua própria luz. Continue sendo sensível, intensa, verdadeira. Você tem um coração que merece respeito, amor e paz. E nunca mais aceite menos do que isso. Com todo o amor do mundo, Da Karen que sobreviveu pra que você pudesse viver em paz.