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Dear FutureMe,
"Algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona. Mas a verdade é só uma: ninguém tem dúvida sobre si mesmo." - O Grito, Martha Medeiros
Conheci esse poema a alguns dias e peguei-me refletindo acerca disso. Quantas vezes duvidamos de nós? Quantas vezes deixamos de seguir as verdades gritadas pelo nosso ser? Quantas verdades você aprisionou? Quantas ainda aprisiona? Você está se recuperando ou ainda reprime as dores mais intensas na esperança de que se esqueça? Você ainda está aqui?
Gostaria de saber se ainda escreve. Caso a resposta seja afirmativa, sobre o que você diz? Sobre quem? Ainda se restringe a guardar suas palavras em um bloco de notas aberto apenas por você? Ainda se esconde atrás de metáforas? Ainda se limita pelo medo de errar?
O que você faz? Onde trabalha? Onde estuda? O que estuda? São tantas perguntas... Se pudesse escrever-me de volta, você escreveria? O que acha que eu iria sentir ao saber sobre quem você se tornou? Espero que esteja realizando nossos sonhos. Espero que tenha ouvido o nosso grito.
Você sabe muito bem o que fazer, porém, por que não o faz?
Você deixou de esperar por um amor que nunca chegou? Deixou de acreditar que um dia ele viria e escolheria a você, mesmo com todas as suas falhas? Ele veio? Provavelmente não, ele nunca vem. Ouvi hoje (23/11/2022), em um sarau, que se apaixonar é como rir sem abrir a boca. Nunca encontrei uma definição melhor. Eu queria me apaixonar. De vez. De verdade. Queria que fosse recíproco. Queria sentir a explosão de sentimentos, a dualidade em querer expor ao mundo, mas ao mesmo tempo guardar apenas para si tudo aquilo que sente. Queria sentir a segurança em mostrar minhas vulnerabilidades e ainda assim ser aceita. Queria algo profundo, verdadeiro. Você sabe que ele se foi, não é? Na verdade, agora você já deve ter plena certeza. E você também sabe que isso era o que você queria. A verdade sempre gritou dentro de ti. Por que não ouviu? Você teve medo?
Meus olhos marejam ao escrever isso. Não sei o que esperar. Você se orgulha de mim? Você sente falta disso tudo? Você se arrepende de algo? Do quê?
Como vai o progresso com o violino? A essa altura, você já deve estar tocando relativamente bem. E o teclado, ainda toca? Eu gostaria tanto de poder te ouvir. Qual a sua música favorita no momento? A minha é Cursive, da Billie Marten. Que livro está lendo?
Está ficando um pouco tarde, já estou com sono. As palavras estão sumindo, as ideias também. Não sei mais o que dizer. Talvez eu lhe escreva daqui um tempo. Na verdade, acho que não escreverei para você, mas sim para a sua versão futura. Você irá esperar por isso? Você esperou por essa carta?
Ah, amanhã tem o primeiro jogo do Brasil na copa do mundo de 2022, que está acontecendo no Qatar. Será que vamos conquistar o hexa? Estou animada.
Para finalizar, vou deixar aqui um dos meus textos autorais favoritos no momento, espero que goste da sensação de rememorá-lo.
"Eu pedi tanto para que, se não fosse para ser, você desistisse primeiro.
Eu não queria carregar a culpa por ter te deixado.
Mas agora, olha só onde estamos:
você desistiu,
você me deixou.
Agora, estou aqui escrevendo,
tentando conciliar o alívio e a dor
de te perder primeiro."
Com amor,
Alinne.
PS.: A imagem é de hoje. Você e as Gi's fizeram alguns enfeites para a árvore de natal da biblioteca do IFSP-BRA. Foi muito divertido. Ah, ignora o tema, é que esse é o nosso meme do momento, juntamente com o policial disfarçado (amo esse apelido, haha). Espero que sorria lendo isso, tive várias crises de riso por causa do Manoel Gome.
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